Fotos: Ascom Prefeitura Municipal de Pirajuba e divulgação Copasa
No Dia Mundial do Meio Ambiente, primeira Unidade de Gerenciamento de Lodo operada pela Companhia começa a funcionar em parceria com prefeitura
Com foco na sustentabilidade, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em parceria com a Prefeitura de Pirajuba, inaugurou na quinta-feira (05/06), data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, sua primeira Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL). A estrutura transforma resíduos decorrentes do tratamento do esgoto – o lodo – em biossólido, um produto rico em matéria orgânica e macronutrientes, capaz de atuar como substrato para as plantas e contribuir para a melhoria da qualidade do solo.
A escolha do Parque Ecológico Canindé como palco do evento foi estratégica. Durante a cerimônia, representantes da Copasa e as autoridades do município realizaram o plantio de mudas nativas e a adubação do biossólido produzido pela unidade em árvores do parque.
Durante a cerimônia, a gerente de Desenvolvimento Tecnológico da Copasa, Karoline Tenório, destacou o pioneirismo do projeto, que consolida a Companhia como uma das mais avançadas do mundo em termos de governança sustentável.
“É uma grande vitória para todos os envolvidos. Trabalhamos muito e tivemos contatos com diversos órgãos ambientais para que pudéssemos realizar este projeto de maneira correta. Juntos, tiramos os planos do papel e os colocamos de pé. É algo simbólico e o primeiro de muitos que esperamos fazer no estado para que, de fato, consigamos dar uma finalidade nobre ao nosso resíduo, que tem bastante utilidade em outros setores”, destacou.
O gerente de Desenvolvimento Operacional, Carlos Bueno, explicou as vantagens do biossólido. “O aproveitamento do lodo diminui a necessidade de disposição final em aterros sanitários, reduzindo custos operacionais e impactos ambientais; fortalece a responsabilidade social das instituições envolvidas; é capaz de promover maior produtividade agrícola sem custos elevados; além de melhorar a qualidade do solo, aumentando a retenção de água e matéria orgânica”, afirmou.
Importante para a concretização da UGL, o prefeito de Pirajuba, Airton Alves, mais conhecido como Gauchinho, ressaltou a importância da parceria em benefício do meio ambiente. “A inauguração da UGL significa parceria, significa inovação, significa também reforçar o compromisso de Pirajuba com o meio ambiente. Para nós é muito importante essa união entre a Copasa e o município para um trabalho muito importante: o desenvolvimento sustentável da nossa cidade, com compromisso e com gestão. Transformar o lodo em adubo é uma grande satisfação”, ponderou.
Do evento, chamado de Dia de Campo, participaram também o gerente regional Frutal, Júlio Cézar Silva, junto a sua equipe técnica e ambiental; o supervisor de Tratamento de Esgoto, Elton Dornelas; a gerente de Eficiência Energética, Elenice Louback. Ainda marcaram presença o vice-prefeito Marcos Brunozzi e o secretariado do município.
Processo e transformação
Após sair dos imóveis, o esgoto é encaminhado para a Estação de Tratamento (ETE) de Pirajuba, onde a primeiro pelo tratamento preliminar, fase em que ocorre a separação dos sólidos (como areia, plásticos, dentre outros). Depois, é encaminhado para o reator – estrutura responsável por decompor a matéria orgânica. Na sequência, a pelas rampas de escoamento à superfície, responsável pelo seu polimento final. Somente após esse rigoroso tratamento, o esgoto líquido retorna para a natureza, sem prejudicá-la.
Anteriormente, o lodo era enviado para etapa de desidratação nos leitos de secagem e posteriormente destinado ao aterro na área da própria ETE. Agora, a Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL) realiza a higienização desse material, através do processo denominado estabilização alcalina ou caleação, que visa garantir um ambiente inóspito para os organismos patogênicos, garantindo o que se chama de elevada qualidade microbiológica e uma aplicação segura em solos.
Como resultado, obtém-se o biossólido, rico em matéria orgânica e nutrientes, como nitrogênio e fósforo, sendo ideal para utilização na recuperação de áreas degradadas e árvores do horto florestal, contribuindo para a promoção de uma economia circular e ainda para o desenvolvimento sustentável no município.
Júlio Cézar Silva detalhou a produção e investimentos. “O biossólido será produzido em lotes e cada um deles terá cerca de 10 toneladas. A Copasa investiu aproximadamente R$ 160 mil em sua produção, o que beneficiará os mais de 5 mil habitantes em uma das menores cidades do Triângulo Mineiro, mostrando que a Companhia se preocupa com seus clientes em todas as regiões do Estado”, concluiu.
Trabalho em equipe
O biossólido vem sendo estudado pela Copasa desde o ano de 2023. Em 2024 a empresa assinou um termo de cooperação técnica junto à prefeitura de Pirajuba, no qual a Companhia forneceu matéria-prima, produtos, equipamentos, espaço e mão de obra para transformar o lodo em biossólido, bem como fez análises preliminares de segurança para detectar possível presença de quaisquer contaminantes, e a istração municipal cedeu o espaço para aplicação do material, o que foi crucial para os testes e evolução das pesquisas.
(ASCOM)
