Abril Laranja: palestra destaca desafios e soluções para o bem-estar animal na Câmara de Guaxupé

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Dra. Diana Cuglovici Abrão, professora do IFSULDEMINAS- Campus Muzambinho, abordou políticas públicas, abrigos e manejo ético de cães e gatos em evento alusivo ao Abril Laranja, com presença de protetores, servidores e vereadores.

Na noite da quarta-feira (23), a Câmara Municipal de Guaxupé recebeu a professora Drª Diana Cuglovici Abrão, médica veterinária e docente do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, para uma palestra voltada ao combate aos maus-tratos contra animais. O evento integra as ações do Abril Laranja e foi promovido por indicação do vereador Marcelo Braghetta Pedroza (PL). Estiveram presentes protetores de animais, servidores do programa SUS Animal e parlamentares da cidade.
A palestra teve como foco os Centros de Atendimento Transitório de Animais (CATA), estruturas fundamentais dentro das políticas de manejo populacional ético de cães e gatos. A professora, com ampla experiência em medicina de abrigos, comportamento animal e saúde única, destacou que o termo CATA vem sendo utilizado tecnicamente em políticas públicas, especialmente em Minas Gerais.
Segundo Diana, “não existe receita pronta para o controle populacional de animais, porque cada comunidade tem seus próprios fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos que influenciam diretamente no abandono e na superpopulação de cães e gatos”.
Um dos pontos centrais da fala foi o chamado “efeito vácuo”, quando animais comunitários – castrados, vacinados e dóceis – são removidos das ruas, abrindo espaço para novos, muitas vezes em situação mais vulnerável, ocuparem aquele território. “Isso impacta não só o bem-estar animal, mas também a saúde pública”, alertou.
Diana também abordou a necessidade de adaptação local das políticas públicas e a importância do SUS Animal como forma de permitir que famílias de baixa renda mantenham seus animais de estimação com dignidade. Ela ressaltou a relação entre desigualdade social e abandono: “onde há maior vulnerabilidade econômica, o abandono tende a ser mais frequente”.
Durante a apresentação, ela comparou modelos de abrigos e enfatizou que menos animais por unidade permite maior qualidade de atendimento e maior taxa de adoção. “É melhor ter 35 animais bem cuidados e adotados rapidamente do que 100 mal gerenciados, permanecendo por anos no abrigo”, defendeu, mostrando inclusive exemplos de cães com diferentes respostas emocionais ao mesmo ambiente.
A professora também apresentou alternativas inovadoras, como a “sala da vida real” – um espaço adaptado com móveis reciclados que simula um lar, permitindo que o possível adotante interaja com os animais de forma mais próxima da realidade do convívio doméstico.
Por fim, reforçou que educação é o caminho para reduzir o número de animais nas ruas, destacando a importância de campanhas de conscientização, castração, vacinação e da proibição do comércio indiscriminado de animais. “O que resolve é educar: para não abandonar, não maltratar, não comprar se não pode cuidar.”
A palestra foi marcada por um tom técnico, porém ível, e gerou reflexões importantes entre os presentes sobre o papel do poder público e da sociedade no cuidado e respeito aos animais.
Veja a palestra completa no link https://www.youtube.com/watch?v=e3Eib2L_9qE&t=3737s

(Fonte e fotos: ASCOM)

Notícias Recentes