Gaza, uma mega tragédia

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

“Imagens de pessoas buscando ajuda é de partir o coração” (Comunicado da ONU)

 

O que se desenrola em Gaza, na percepção humanista e espiritual, é um medonho capítulo da história contemporânea. Uma tragédia humanitária que envergonha a espécie. As cenas doridas da guerra sem quartel, diuturnamente trazidas aos olhares do mundo, já não mais sustentam o argumento, compreensivelmente acolhido no inicio, de que a reação israelense contra o traiçoeiro e desvairado ato terrorista teria que ser de implacável vigor.

O que não vem faltando, por outro lado, são pressões da comunidade internacional para que se abra uma trégua no insano conflito, que já dizimou mais 54 mil pessoas e deixo 153 mil feridos. O clamor erguido pede o fim dos bombardeios indiscriminados, contínuos, contra multidões de palestinos desarmados e acuados que vagueiam por escombros sem ter para onde ir e à espera de ajuda em alimentos e remédios que demoram muito a chegar.

Como a imprensa de Tel-aviv tem registrado, refletindo o sentimento da própria sociedade israelense, um morticínio, a destruição de hospitais, escolas e abrigos, o drama das crianças e adultos esfaimados, tudo isso representa uma mancha moral na historia de uma Nação ciosa de sua cultura humanística e tradições espirituais. Mas, como se pode ver, os radicais que hoje comandam os destinos políticos de Israel não querem favorecer em nada ao que a ONU e mais de uma centena de países recomendam neste preciso momento: pausa bélica, libertação dos reféns, diálogo para se chegar à paz, criação de condições propícias para que em Gaza e na Cisjordânia se instale vez pra sempre, a Pátria Palestina e, logicamente, com ajuda internacional a reconstrução de tudo que foi destruído.

A coexistência, lado a lado, do Estado de Israel e do Estado da Palestina na Terra Santa, berço espiritual do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, é sonho alimentado por centenas de milhões em todas as partes do planeta. Os que se opõem intransigentemente a essa generosa ideia compõem ferozes e fanatizados núcleos fundamentalistas, de pensamento ideológico oposto. São os grandes responsáveis pela contenda interminável que ensanguenta o mais Sagrado dos Solos. As divergências irracionais por eles fomentadas colocam em relevo que uma das partes litigantes pretende riscar o Estado do Israel do mapa, enquanto a outra parte não aceita, definitivamente, a existência do Estado da Palestina. Tão insanas divergências são repelidas, logicamente, pelos ditames democráticos e postulados humanísticos que dão e à evolução civilizatória.

Nos próximos dias, o Brasil vai coordenar grupo de trabalho da Cúpula da ONU, em NY, sobre a Palestina. Pouco antes a questão foi debatida em Madri, por coalizão de países de vários continentes, com a participação do Ministro Mauro Viera, do Itamaraty.

 

*Cesar Vanucci – Jornalista [email protected]

Notícias Recentes