O Papa da alegria evangélica

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“O senso de humor é a atitude humana mais próxima da graça” (Papa Francisco)

Só mesmo um roteiro de vida de iluminação estelar pra explicar essa torrente de vibrações positivas e emoções ternas que se espalhou, mundo afora, em razão da partida de Francisco. Sem qualquer vislumbre de dúvida, o Papa da alegria e da paz deixou gravada na memória coletiva dos tempos de hoje a certeza de que a Humanidade conviveu, neste primeiro quartel de século, com um líder religioso incomparável e um estadista de escol. A Cátedra de Pedro foi por ele gloriosamente ocupada com a santa disposição de propagar o Evangelho segundo Jesus Cristo.

Em seus 12 anos de Pontificado, Francisco arrebatou, como nunca se viu dantes, mentes e corações, pelo ardor de sua fala social, pela forma simples, direta de comunicar-se. Seus pronunciamentos encantaram multidões. Em suas abordagens abarcou todo o espectro das aflições e angústias humanas. Suas homilias e encíclicas expam a forma correta de interpretar questões relevantes como desigualdade, fé, família, meio ambiente, tecnologia, sexualidade, ecumenismo, política e assim por diante. Seu bom humor granjeou-lhe irradiante simpatia. Ele lembrava sempre a importância da alegria e leveza no trato com as pessoas em meio às dificuldades do cotidiano. Muitas as amostras de seu estado de espírito jovial. O Brasil foi o primeiro destino de suas viagens. Numa entrevista brincando com o repórter, ponderou: “Se Deus é brasileiro, por que o Papa não pode ser argentino? Suas, estas palavras:  “O Bom Humor é um verdadeiro convite a viver com mais serenidade, humildade e gratidão.” “Encoraja-nos a olhar para nós mesmos e para o mundo com um sorriso no rosto e com o coração aberto para a graça divina.” Francisco citava sempre a “Oração do Bom Humor”, atribuída a São Thomas Moro. Dizia que a recitava diariamente. Ei-la:  “Senhor, dai-me uma boa digestão,/ mas também algo para digerir.//
Concedei-me a saúde do corpo, / com o bom humor necessário para mantê-la. // Dai-me, Senhor, uma alma simples, que saiba aproveitar tudo o que é bom e puro / para que não se assuste diante do pecado, / mas encontre modo de colocar de novo as coisas em ordem.// Concedei-me uma alma que não conheça o tédio, as murmurações, suspiros e lamentos, / e não permitais que eu sofra excessivamente / por esse ser tão dominante que se chama “Eu”.// Dai-me, Senhor, senso de humor!// Concedei-me a graça de compreender as piadas, / para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos demais.// Amém!”

 Sei não, olhos fitos nas reações das ruas de todos os lugares na consagradora despedida ao Papa, ponho-me a matutar que não vai custar muito para que a galeria dos Santos da Igreja Católica seja ampliada, depois de Assis e Xavier com mais um Francisco. 

*Cesar Vanucci – Jornalista ([email protected])

 

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